A eleição do Vasco, realizada neste sábado (07), foi suspensa.
Em uma guerra de decisões judiciais que começou há duas semanas, o vitorioso da noite foi Faues Mussa, presidente da Assembleia Geral do clube.
Entretanto, tudo leva a crer que novos rounds devem acontecer durante a semana.
O pleito deste sábado só foi possível depois que o candidato Luiz Roberto Leven Siano conseguiu, sexta-feira à noite, um agravo de instrumento que derrubou a liminar de posse de Mussa, que determinava a eleição para o dia 14, no formato on-line.
Votação às pressas
O clube organizou o ginásio de São Januário às pressas, durante a madrugada, para que a votação acontecesse.
As 10h, os sócios começaram a votar. Houve registro de agressão dentro do ginásio e discussão entre as chapas. O movimento dos associados sinalizava que o candidato Leven Siano estava na frente.
O presidente Alexandre Campello, que tenta a reeleição, teve alguns votos direcionados para o candidato Jorge Salgado, que disputava com Julio Brant a segunda colocação no pleito.
Entretanto, desde o começo do dia que Faues Mussa tentava na Justiça uma nova decisão que anulasse o efeito do agravo de instrumento de Leven Siano
Ele saiu por volta das 19h20. O clube seguiu com a votação enquanto a intimação judicial não chegava.
Do lado de fora, porém, houve relatos de tiros e o Vasco optou por fechar o clube para a entrada e saída de pessoas. Enquanto isso, Mussa, já com a intimação ao clube, decidiu dar por suspensa a eleição.
Leven Siano protestou e ameaçou abandonar a candidatura se os votos depositados na eleição de sábado não fossem considerados.
“Eu desisto, entregue logo as chaves do clube para essas pessoas, que o Vasco vai continuar na m… que está”, esbravejou.
A mesa da Assembleia Geral, porém, decidiu que a votação deveria prosseguir, alegando que a decisão mais recente a favor de Mussa anulava o agravo, mas não a eleição em si.
O departamento jurídico do Vasco tentou encerrar o pleito, por receio de descumprir decisão judicial, mas acabou não sendo ouvido.
O presidente Alexandre Campello e o candidato Julio Brant lamentaram a judicialização do pleito vascaíno.
São candidatos à presidência Alexandre Campello, Jorge Salgado, Julio Brant, Luiz Roberto Leven Siano e Sérgio Frias.
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Foto: Bruno Marinho