Vendas diretas. Com taxa de desemprego na casa dos 15,5% no trimestre encerrado em janeiro, o Amazonas atingiu o triste recorde para o período na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, são 300 mil de desempregados no Estado. Diante do atual cenário, agravado pela pandemia da COVID-19, o setor de Vendas Diretas vem se mostrando uma alternativa sólida e eficaz para quem busca geração ou complementação de renda.
Investindo cada vez mais na digitalização, onde a divulgação, escolha e compra do produto, pode ser feita de forma pessoal ou on-line, por meio de uma rede de relacionamento via redes sociais, que se conclui com a entrega do produto na casa do cliente, sem a necessidade de encontro físico, o segmento ultrapassou o número de 93 mil de empreendedores independentes no Amazonas, 2,3% a mais na comparação anual, de acordo com levantamento realizado Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) — entidade que representa empresas do setor como Natura, Avon, Herbalife, Mary Kay, Tupperware, entre outras.
“A venda direta se tornou Social Selling, compra por indicação e relacionamento, sendo uma ótima oportunidade para empreender ou complementar renda, especialmente nesse período financeiro complicado. E a possibilidade de contato com os clientes e o relacionamento e atendimento personalizado pode continuar a ser feito pela internet ou redes sociais. Aliás, a digitalização foi um dos grandes focos de investimento do setor durante a pandemia e tornou-se uma grande ferramenta para que os empreendedores possam continuar vendendo e gerando renda mesmo durante o isolamento”, declarou a presidente executiva da Associação Brasileira de Empresas de Venda Diretas (ABEVD), Adriana Colloca.
Em pesquisa realizada pela ABEVD em março de 2020, sobre o perfil dos empreendedores independentes da venda direta, constatou-se que 52% dos empreendedores revendem produtos do mercado de cosméticos e cuidados pessoais e 22% do mercado de roupas e acessórios. O levantamento também mostrou que 58% dos empreendedores se identificam como do sexo feminino e 42% do sexo masculino, e cerca de 51% da força de vendas tem renda familiar de até R$ 3.135,00. A renda proveniente da venda direta é, em média, 31,3% do orçamento familiar.
A atividade oferece oportunidades para todos, desde aqueles com nível universitário — parcela crescente de vendedores — até quem tem menos estudo. Atualmente, 31,5% dos empreendedores já completaram o Ensino Superior e alguns são pós-graduados. Esse modelo de negócio também oferece oportunidades de empreendedorismo para todas as faixas etárias acima de 18 anos: hoje, a média de idade do empreendedor independente é de 31,9 anos.
O que são as Vendas Diretas
A Venda Direta é um modelo de negócios utilizado tanto pelas grandes marcas como por pequenas empresas para vender seus produtos e serviços diretamente aos consumidores finais, sem a necessidade de um estabelecimento comercial fixo e eliminando, assim, uma cadeia de intermediários e de custos. O contato com os potenciais clientes é feito de forma pessoal ou digital, por meio de empreendedores independentes, que são chamados de revendedores, consultores, distribuidores, agentes, entre outros.
Sobre a ABEVD
A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 1980, para promover e desenvolver a venda direta no Brasil, bem como representar e apoiar empresas que comercializam produtos e serviços diretamente aos consumidores finais. A ABEVD é membro da World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), organização que congrega as associações internacionais de vendas diretas existentes no mundo. Por isso, segue os códigos de ética implantados por suas filiadas, que representam mais de 70 países.