Rafinha: ‘Dei meu sangue todas as vezes que entrei em campo’
O último ato de Rafinha no Ninho do Urubu foi marcado por lágrimas, muitos agradecimentos e mais lágrimas ainda. O lateral-direito, de 34 anos, explicou os motivos que o fizeram deixar o Flamengo e aceitar a proposta do Olympiacos, da Grécia. E o pronunciamento derradeiro foi: “É um até breve”.
As palavras vieram através de uma entrevista coletiva, cujo início foi marcado por uma brincadeira de Gabigol: o atacante levou isotônicos para brincar com o lateral-direito, que iniciava um pronunciamento, já emocionado, antes de responder aos jornalistas.
“Não vai chorar, não, chorão”, satirizou Gabigol, mas sem evitar o fato.
As primeiras lágrimas vieram neste momento. E Rafinha iniciou a sua fala:
Foi uma decisão difícil. Tive que pensar muito bem. Com a cabeça e o coração partido, decidi ir para Grécia. Saio com a sensação de dever cumprido. [..] Toda semana praticamente eu gostava de fazer um churrasco, não tinha motivo para fazer nada e eu falava para fazer, porque a gente precisava estar unido… Acho que esse é um segredo, estar unido”, falou, afirmando que “nunca se arrependeu” de alguma decisão na carreira.
“Meus companheiros são provas de que dei meu sangue todas as vezes que entrei em campo para conquistar coisas grandes pelo Flamengo. Em alguns momentos, fui para o sacrifício. Tive uma lesão no rosto e uma pessoal não encararia aquilo. Pelos meus companheiros, encarei e deu resultado. Vivi momentos que vão ficar marcados. O embarque para Libertadores, a volta em cima do trio… são coisas que ficam marcadas”, emendou.
Rafinha afirmou que tomou a decisão com o “coração partido”, além de externar, em diversos momentos da coletiva, que deixaria o coração “aqui”. Houve ainda agradecimento à torcida, inclusive à organizada Raça Rubro-Negra.
“É um momento difícil. Vim buscar esse desafio de triunfar no Brasil e consegui. O que fica marcado é que tentei e deu certo. Realizei sonhos de ser campeão brasileiro, da Libertadores, conquistar títulos pelo Flamengo. Essa é a parte mais importante”, salientou, emendando sobre os torcedores:
“O amor e a paixão que os torcedores têm por esse clube eu nunca vi parecido na minha vida. Agradeço aos torcedores que fizeram com que eu passasse por isso. O que eu vivi e vivo nas ruas é impressionante”.
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Foto: Alexandre Vidal / Flamengo