Enfraquecida e desmoralizada, a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, sofreu mais um duro golpe no fim de semana.
As últimas decisões e procedimentos internos envolvendo a atual gestão da entidade levam à crença de que o mau procedimento é a rotina e isto leva à descrença e à desobediência como princípio.
Carol Solberg , que criticou publicamente Jair Bolsonaro, é simplesmente mais um exemplo.
Sem se preocupar com as consequências, coloca em risco a parceria da CBV com o principal patrocinador, o Banco do Brasil.
É bom que se diga, antes de mais nada, que não está em discussão a opção política, direito de cada um.
O que fica provado com esse episódio, é que ninguém respeita o que está escrito no regulamento das competições e é determinado pela CBV.
Isso tudo é reflexo de anos de uma administração caótica e desacreditada.
O presidente Toroca não aparece.
A entidade e seus ‘jênios’, liderados por Radamés Lattari e Renato D’Avila, estão apenas pagando o preço de uma gestão passiva, ultrapassada e desacreditada.
Defensores
Aqueles que defendem o comportamento de Carol acreditam que esta mudança nos costumes é parte da vida contemporânea, algo inevitável e mais inteligente.
Enganam-se.
Os países econômica e socialmente mais evoluídos não abandonaram as regras mínimas de comportamento, porque elas são necessárias para uma existência em harmonia.
E para que isto ocorra é preciso que alguém delas cuide com poder de autoridade, a fim de dissuadir os que não querem adequar-se às regras da vida em comum.
Outra causa, esta mais individual do que coletiva, é o despreparo de algumas autoridades.
O poder de mando deve impor-se pelo respeito e não pelo autoritarismo.
A autoridade tem o dever de dar o exemplo, é um ônus do cargo.
No caso da CBV o que se passa é o inverso.
Infrações legais, éticas ou mesmo às regras de educação, crescem aceleradamente.
O descrédito da autoridade é cada vez maior.
O máximo que deverá acontecer é Carol ser advertida.
Duvido que a CBV tenha coragem de ir além disso.
Veja mais: Estadão
Foto: CBV