calendar_today setembro 22, 2020 person Portal Maloca mode_comment 0

Enfraquecida e desmoralizada, a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, sofreu mais um duro golpe no fim de semana.

As últimas decisões e procedimentos internos envolvendo a atual gestão da entidade levam à crença de que o mau procedimento é a rotina e isto leva à descrença e à desobediência como princípio.

Carol Solberg , que criticou publicamente Jair Bolsonaro, é simplesmente mais um exemplo.

Sem se preocupar com as consequências, coloca em risco a parceria da CBV com o principal patrocinador, o Banco do Brasil.

É bom que se diga, antes de mais nada, que não está em discussão a opção política, direito de cada um.

O que fica provado com esse episódio, é que ninguém respeita o que está escrito no regulamento das competições e é determinado pela CBV.

Isso tudo é reflexo de anos de uma administração caótica e desacreditada.

O presidente Toroca não aparece.

A entidade e seus ‘jênios’, liderados por Radamés Lattari e Renato D’Avila, estão apenas pagando o preço de uma gestão passiva, ultrapassada e desacreditada.

 

Defensores

 

Aqueles que defendem o comportamento de Carol acreditam que esta mudança nos costumes é parte da vida contemporânea, algo inevitável e mais inteligente.

Enganam-se.

Os países econômica e socialmente mais evoluídos não abandonaram as regras mínimas de comportamento, porque elas são necessárias para uma existência em harmonia.

E para que isto ocorra é preciso que alguém delas cuide com poder de autoridade, a fim de dissuadir os que não querem adequar-se às regras da vida em comum.

Outra causa, esta mais individual do que coletiva, é o despreparo de algumas autoridades.

O poder de mando deve impor-se pelo respeito e não pelo autoritarismo.

A autoridade tem o dever de dar o exemplo, é um ônus do cargo.

No caso da CBV o que se passa é o inverso.

Infrações legais, éticas ou mesmo às regras de educação, crescem aceleradamente.

O descrédito da autoridade é cada vez maior.

O máximo que deverá acontecer é Carol ser advertida.

Duvido que a CBV tenha coragem de ir além disso.

 

Veja mais: Estadão

 

Foto: CBV