Projeto contemplado no prêmio Feliciano Lana vai divulgar histórias de artistas atuantes no AM
O projeto intitulado “AjuriArtes” foi um dos contemplados pelo prêmio Feliciano Lana, realizado via Lei Aldir Blanc. A iniciativa vai resultar em 10 mini documentários, um site e dez reportagens sobre artistas e “fazedores culturais” de várias áreas que atuam no Amazonas. Após o lançamento da primeira edição, que deve ocorrer ainda no segundo semestre de 2021, os conteúdos serão disponibilizados gratuitamente pela internet. “O objetivo é dar visibilidade aos artistas”, diz o idealizador.
Ao todo, dez profissionais da cultura foram selecionados para a edição. Eles concederam entrevistas e participaram de ensaios fotográficos entre janeiro e março de 2021, em Manaus, no Amazonas. Eles relataram suas histórias, mostraram obras, revelaram anseios e perspectivas.
Compõem o primeiro “mutirão” amazônico das artes: Deborah Erê (Arte urbana e tattoo), Dudu Brasil (Música e cultura popular), Gabriel Mar (Literatura), João Fernandes (Produção e gestão cultural), Kevin Peres (Dança e produção cultural), Olívia Amores (Música), Ricardo Oliveira (Fotografia), Rod Castro (Cinema), Taciano Soares (Artes cênicas) e Turenko Beça (Artes plásticas e visuais).
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Ajuri – A palavra ajuri quer dizer mutirão, ajuda mútua, mistura, união. O AjuriArtes é uma iniciativa nascida, justamente, do desejo (ou sentimento de necessidade) de usar o audiovisual, jornalismo e fotografia para divulgar quem faz a arte acontecer na Amazônia.
O projeto foi idealizado pelo jornalista e produtor cultural Leandro Tapajós, que dirige a Guerreiro Tapajós – Comunicação, Cultura e Eventos. Como resultados, um portal de internet e um canal na plataforma de vídeos Youtube receberão os conteúdos sobre os artistas e produtores selecionados.
Edição premiada – A primeira edição do AjuriArtes foi contemplada pelo Programa Cultura Criativa – 2020/ Lei Aldir Blanc – Prêmio Feliciano Lana – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura, Fundo Nacional de Cultura.
Mesmo com os desafios (e riscos) impostos pela pandemia do covid-19, a produção ocorreu em Manaus, no Amazonas, durante o primeiro semestre de 2021.
“Na verdade, foi bem difícil conseguir desenvolver o projeto durante o primeiro semestre de 2021 por conta da evolução da pandemia. Chegamos a ter artistas que iriam participar da primeira edição do AjuriArtes, mas que acabaram não vencendo a luta contra a covid. Penso que fazer essa entrega de mais um projeto nosso via lei Aldir Blanc, além de levar arte para a população em geral, é uma forma de fazer homenagem aos que se foram e também colaboraram fazendo cultura na nossa Amazônia”, acredita Tapajós.
Profissionais – Além da direção, curadoria e edição do jornalista Leandro Tapajós, o AjuriArtes conta com a atuação de outros profissionais ligados à cultura. Entre os colaboradores do projeto estão os fotógrafos Marcelo Ramos e Rodrigo Valle. Eles produziram ensaios fotográficos exclusivos com cada um dos 10 selecionados. Já o trabalho de reportagem é dos jornalistas Camila Henriques, Diego Toledano e Silvio Lima. A produção audiovisual é da Lume Criativa, com realização assinada pela Guerreiro Tapajós – Comunicação, Cultura e Eventos.
“Reunimos um time de profissionais da fotografia, escrita e produção cultural para realizar a curadoria e os conteúdos. Neste trabalho acabamos encontrando pérolas como um coreógrafo que movimenta uma cidade do interior e faz um trabalho com a dança que já ajudou dezenas de jovens. Tem ainda detalhes da história de nomes reconhecidos, como o Turenko Beça. Independente disso, todos os selecionados têm em comum o talento e são guerreiros que batalham pela cultura no Amazonas. Por isso, acredito que o público precisa conhecer mais sobre eles e muitos outros que podem ser selecionados nas próximas edições”, disse Tapajós.
Os ensaios e grandes reportagens sobre os artistas estão prontos, já os documentários seguem em fase de finalização. A previsão é que o lançamento oficial do projeto, contemplado no prêmio Feliciano Lana, ocorra ainda em 2021 e os conteúdos – além de disponíveis na web – sejam vistos em alguns eventos futuros.