calendar_today agosto 26, 2024 person Portal Maloca mode_comment 0

O filme amazonense “Pirarucu – o Respiro da Amazônia” está concorrendo ao Panda Awards 2024, considerado o “Oscar” dos filmes de natureza, na categoria Sustentabilidade. Com estreia mundial no Teatro Amazonas em agosto de 2023, o documentário destaca o manejo sustentável do pirarucu como uma estratégia crucial para a conservação da Amazônia e o empoderamento das comunidades locais.

Dirigido por Carolina Fernandes, que tem uma longa trajetória de trabalho na Amazônia, o filme é um testemunho da força das comunidades do Médio Juruá.

Essas comunidades, ao adotarem o manejo participativo do pirarucu, maior peixe de escamas de água doce do mundo, transformaram-se em importantes guardiões da floresta, utilizando o conhecimento tradicional aliado ao técnico para preservar a biodiversidade e melhorar a qualidade de vida na região.

A obra, produzida pela Banksia Films, revela a jornada das comunidades que, após o declínio da indústria da borracha, passaram de uma situação de exploração para um modelo de desenvolvimento sustentável, criando associações e banindo intermediários.

O filme também ressalta a importância da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), pioneira na coordenação das atividades sustentáveis na região.

 

 

Em 11 anos, o manejo do pirarucu resultou em um aumento de 55 vezes na população da espécie em lagos protegidos, beneficiando a floresta e gerando renda para os moradores locais.

O filme, que teve uma logística de filmagem complexa, foi gravado em várias etapas no Médio Juruá e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, documentando a luta e as conquistas das comunidades envolvidas.

Carolina Fernandes, com vasta experiência internacional, traz uma abordagem poética e inspiradora para o documentário, destacando a importância da união entre comunidades e natureza na preservação da Amazônia. A produção é um exemplo do poder transformador do cinema na conscientização sobre a sustentabilidade e a proteção ambiental.

 

Foto: divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa