Parintinense usa técnicas da tecedura para criar obras de arte
Nas mãos do parintinense Waldir Santana, um objeto simples pode se tornar uma verdadeira obra de arte, construindo itens de decoração por meio da tecedura (macramê).
Waldir é reconhecido por realizar grandes proezas artísticas. Ele foi um dos contemplados pela Lei Aldir Blanc, por meio da Prefeitura de Parintins, com apoio do Governo Federal.
O artista explica um pouco do processo de construção das obras. Ele destaca os itens de sua preferência.
“É possível produzir tapetes, porta-garrafas, centro de mesas e luminárias, as que mais gosto. Uma obra de pequeno porte leva no máximo dois dias. A luminária leva uma semana e meia, principalmente quando varia da quantidade de nós utilizados. Tem o nó básico, o nó borboletinha, o zigue-zague, além de uma infinidade de técnicas”, disse.
Waldir Santana conta que a ideia surgiu durante a crise financeira causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Com isso, ele vem conseguindo driblar as dificuldades por meio da arte.
“Eu aprendi a técnica da tecedura aos 15 anos com minha mãe. Tive que buscar no passado o que sabia fazer de melhor. Poderia construir cocar e adereços, mas o mercado é muito grande em Parintins e tinha muita gente fazendo. Aí me lembrei do macramê. Não foi fácil e não está sendo fácil. Por meio dessa arte consigo fazer umas peças e tirar um lucro”, explica
Futuramente o artista deseja fazer uma oficina com técnicas de macramê aos figurinistas do Boi Caprichoso. Em 2022, caso aconteça o Festival de Parintins, ele vai realizar uma exposição com suas obras.
Trajetória
Natural de Parintins, Waldir Santana iniciou a trajetória na confecção de artesanatos em seu ateliê.
Durante 30 anos, ele defendeu o item pajé pelo Boi Caprichoso, sendo reconhecido por introduzir novos elementos nas apresentações do Festival Folclórico de Parintins, como a utilização de pirotecnia e o aprimoramento da dança tribal.
Waldir Santana também é coreógrafo e figurinista, sendo responsável por grande parte de suas fantasias usadas na trajetória como pajé do bumbá azul e branco.
Ele deixou o cargo em 2016, mas vem contribuindo com o Boi Caprichoso em outros setores da agremiação.
Texto: João Paulo Castro
Fotos: Waldir Santana/Arquivo pessoal