calendar_today agosto 2, 2021 person Cath Senna mode_comment 0

O mercado de quadrinhos tem crescido nos últimos tempos, tanto quem consome, quanto quem produz, e é possível encontrar muitos brasileiros nesse mercado de trabalho, aliás, até mesmo amazonenses. Como o caso da roteirista manauara Beatriz Mascarenhas, que atualmente reside na França e faz os roteiros dos quadrinhos da Turma da Mônica.

 

 

Formada em Letras- Língua e Literatura Portuguesa na Universidade Federal do Amazonas e com Mestrado em Estudos Literários, Beatriz teve interesse na área desde criança. O pai era quadrinista e ilustrador, enquanto a mãe era apaixonada por arte e literatura, então a partir disso, ela pegou gosto em escrever poemas e contos, e com o tempo foi amadurecendo o trabalho.

A fim de fazer parte da equipe da Turma da Mônica, Beatriz resolver fazer um teste para ser roteirista no estúdio, porém, o processo não foi nada fácil, “a MSP é uma empresa muito séria e responsável, e meu pai, no primeiro momento, disse que poderia me ajudar com os desenhos na página para envio do roteiro, e quando recebi a aprovação dos roteiros me senti realizada”.

 

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Foto: AGÊNCIA BRASIL

 

“Esse mês(julho) estreio com uma história de capa da revista Turma Da Mônica e me sinto honrada, roteirizar ao lado de Maurício De Sousa, junto aos seus personagens, é uma experiência que transcende minha vida artística”.

 

O processo para escrever histórias em quadrinhos é algo bem pessoal, mas Beatriz compartilhou com o Portal Maloca como ela compõe suas histórias.

“Meu processo pessoal consiste em “colher alimentos” do dia a dia, depois escrevo as cenas e os diálogos e, por fim, transpasso tudo no tablet para o quadrinho. Mas cada roteirista tem seu processo e, é importante lembrar, que depois desse momento tem várias etapas que incluem diversos profissionais”.

 

A roteirista também já integrou antologias de poemas e crônicas em Manaus e São Paulo, como a trilogia Shaíra, também escreve peças de teatro e recentemente publicou o livro Bicho (em francês Bête), no Mali, na África.

 

A manauara, que agora faz parte da equipe da Turma da Mônica, diz que todo trabalho vem com dificuldades, e quem deseja ser um roteirista de quadrinho, nunca deve parar, “escrevam e leiam sempre, além disso, transformem o olhar para que seja algo que colha alimentos de criação a todo tempo, pois isso fará diferença no seu trabalho”.