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O jornal The Sun escocês contou uma história surpreendente nessa sexta-feira (13/11). Adrian Collins engravidou enquanto era estudante universitária e decidiu dar sua primeira filha para adoção. No entanto, o que ela não imaginava é que, anos depois, reencontraria a primogênita, abandonada pela família adotiva, e passaria a criá-la junto com seus filhos mais novos.

 

Modelo de adoção

 

Adrian explicou que não ficou com a bebê, naquela época, porque não tinha condições de criá-la. Por isso, decidiu dar a criança para adoção. Entretanto, Collins escolheu o formato de adoção semifechada, deste modo, seria possível manter o vínculo com a filha.

“Meu único conforto foi uma promessa feita pelos pais adotivos de que eles iriam abraçar minha filha e dar-lhe um banho de amor incondicional”, disse, em entrevista ao site.

 

Primeira Herdeira 

 

Sem a filha, anos depois, Adrian se casou e teve três filhos biológicos e um adotado. Mesmo com a casa cheia, ela não esquecia a primeira herdeira. “Eu me deleitava com a maternidade, mas meus pensamentos vagavam para minha filha. Sempre mexia em uma caixa de lembranças debaixo da minha cama que continha fotos e cartas enviadas pelos pais adotivos”, relembrou.

O primeiro reencontro com a pequena aconteceu na festa de aniversário de 6 anos da menina. “Antes de me despedir, coloquei uma mecha de cabelo loiro atrás da orelha dela e disse: ‘Eu te amo’. Ela sorriu timidamente e sussurrou: ‘Eu também te amo’”, revelou a mãe.

 

Escolha 

 

Com o passar dos anos, os encontros entre as duas tornaram-se mais frequentes. Os pais adotivos da menina não gostaram da situação. A menina foi obrigada a fazer uma escolha, no final da adolescência. “Soubemos que os pais adotivos não apoiavam mais o relacionamento dela conosco. Ela foi instruída a escolher entre sua família biológica e sua família adotiva. Eles me acusaram de tentar conspirar para roubar a filha deles”, desabafou.

 

Atitude Drástica 

 

Antes que a menina tomasse uma decisão, os pais adotivos tomaram uma atitude drástica. “Eles retiraram todo o apoio financeiro de nossa filha e disseram que lamentavam a adoção. Eles viraram as costas para minha filha e a renegaram. Eu me senti traída. A dor de ver minha filha sofrer uma perda foi quase tão insuportável quanto no dia em que deixei o hospital sem ela”, confessou Adrian.

 

“Readotação”

 

Collins e seu marido não pensaram duas vezes e decidiram readotar a garota, que agora já tinha 18 anos. “Foi meu marido quem trouxe a ideia da readoção […] Embora a adoção de um adulto fosse algo comum entre pais e filhos adotivos ou enteados, era rara, na melhor das hipóteses, entre um pai biológico e um filho biológico”, explicou Adrian. “Após meses de reflexão e oração, nossa filha concordou em ser readotada em nossa família”, concluiu.

 

 

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Fotos: Reprodução/Metrópoles