calendar_today dezembro 14, 2020 person Portal Maloca mode_comment 0

Como já era de se esperar, havia muita expectativa da torcida do Fluminense sobre como se comportaria a equipe na primeira partida de 2020 sob o comando de Marcão.

Afinal, a  regularidade do time com Odair Hellmann vinha garantindo uma boa campanha no Brasileiro. O temor era de que a troca no cargo fizesse o rendimento cair. E o empate em 1 a 1 com o Vasco trouxe elementos capazes de gerar tanto otimismo quanto receio.

Os primeiros 45 minutos foram animadores. Apesar da troca de técnico, o Fluminense se manteve organizado. Manteve as linhas defensivas aproximadas e adiantadas, o que atrapalhou e muito a vida dos vascaínos. E, com a bola, teve tranquilidade para passá-la de pé em pé e inverter sempre que necessário. Diante de um rival desarrumado como é o Vasco, era o suficiente para ir para o intervalo à frente no placar.

O problema toda essa organização não voltou para o segundo tempo. Marcão recuou a equipe e deu ao Vasco espaço para jogar. O adversário demorou, mas, a partir dos 20 minutos, passou a pressionar. O gol de empate, aos 46, foi um castigo merecido. Àquela altura, o Fluminense estava todo encolhido próximo de sua área. Um erro fatal para quem quer segurar o resultado.

Os números da partida deixam claro esta disparidade entre as posturas do primeiro e do segundo tempo. Na etapa incial, a equipe de Marcão teve 60% de posse e finalizou nove vezes contra a meta vascaína. Na volta do intervalo, a posse foi mais equilibrada (52% para os tricolores contra 48% dos vascaínos). Mas, na frente, enquanto o Vasco teve sete tentativas para atingir a meta de Marcos Felipe, o Fluminense só ameaçou Fernando Miguel uma única vez. Os dados são do site Sofascore.

Marcão reconheceu o desequilíbrio. Ele prometeu consertar os erros cometidos em São Januário. Mas não terá muito tempo antes do próxiimo jogo. O Fluminense já volta a campo na quarta, contra o Atlético-GO, em Goiânia.

– (Temos que) Buscar esse equilíbrio do primeiro e do segundo tempo. A gente quer a equipe jogando da maneira que foi no primeiro tempo, com agressividade, posse de bola, infiltrações… E realmente ela não fez isso no segundo. A gente até atentou que Vasco poderia voltar num formato diferente. Mas não conseguimos fazer o encaixe e ficamos presos na marcação lá atrás. É aprendizado. Temos que acertar isso para fazer nossa equipe ficar mais parecida com o que vimos no primeiro tempo – afirmou o técnico.

 

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Foto: Antonio Scorza