calendar_today janeiro 11, 2021 person Portal Maloca mode_comment 0

 

Uma problemática atual e pouco percebida, recentemente, por conta da pandemia mundial do coronavírus, recebeu a atenção que há tempos já demandava. A saúde mental foi alvo de inúmeras campanhas e iniciativas alertando para a importância desse aspecto humano e a necessidade de medidas que o proporcione.

Quanto aos povos indígenas, a saúde mental ganha contornos ainda mais complexos. Políticas públicas, projetos e inciativas além de se enquadrarem às determinações de um atendimento psicossocial em tempos de emergência, devem considerar a especificidade e significativa diversidade sociocultural da população indígena.

 

Bem-viver: Saúde Mental Indígena 
 

Nesse cenário, o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), promove, juntamente, com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o curso de formação “Bem-viver: Saúde Mental Indígena”. 

O Curso possui 5 (cinco) módulos e trata de aspectos relacionados à saúde mental e fatores psicossociais que já eram enfrentados pelas populações, mas que se intensificaram no período da COVID-19.

A formação busca capacitar os profissionais para que saibam lidar com esses brasileiros que são ameaçados diariamente, não apenas em sua saúde psicossocial, mas, em geral, em seu bem-estar ou bem viver. Além da ameaça diária, os profissionais entenderiam os vários desafios na consolidação da cidadania, da equidade, da justiça social e dos direitos humanos para estes povos.

Tópicos como o “Contexto da COVID-19 e populações indígenas”, “Bem viver e saúde mental indígena”, “Pertencimento e Identidade”, “Descolonizando o conceito de violência”, “Direitos Humanos e Violência contra indígenas”, “Ações de prevenção e intervenção e pósvenção em equipes de saúde/educação” e “Estratégias de cuidado e luto” serão abordados no curso de formação e marcam o teor completo do projeto.

 

mental

 

Público

 

O público alvo seria indígenas, pessoas e profissionais ligados à saúde, à educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), à assistência social e interessados na temática.

 

Inscrição 


Prioritariamente os estados de abrangência do Curso serão o Amazonas, Acre, Pará, Roraima e Amapá e o local de realização será o AVA-FIOCRUZ. O curso conta com a carga horária de 60 horas e 1000 vagas, com inscrição de janeiro a março de 2021.

 

Programação
 

O conteúdo programático abordará:

 

Contexto da COVID-19 e populações indígenas.

Bem viver e saúde mental indígena.

Autoatenção e estratégias comunitárias.

Pertencimento e identidade.

A criança, o jovem e os idosos nas populações indígenas.

Proteção, cuidados e tradições orais.

Estratégias SMAPS no cuidado indígena.

Descolonizando o conceito de violência.

Direitos Humanos e Violência contra indígenas.

Mulheres indígenas e os Estudos de Gênero.

O consumo de bebidas alcoólicas na população indígena.

Fatores de risco para suicídio em populações indígenas.

Ações de prevenção e intervenção e pósvenção em equipes de saúde/educação.

Estratégias de cuidado e luto.

 

Metodologia e Frequência

 

O curso é autoinstrucional. Cada aluno acessa o conteúdo (cartilhas, videoaulas) diretamente na plataforma de ensino do Campus Virtual. A interação aluno-professor acontecerá via rede social Whatsapp, através da criação e grupos de debate e tira-dúvidas.

A frequência do curso pode ser verificada no próprio ambiente do AVA. O aluno é quem define o ritmo e o tempo de estudo, podendo avançar ou retornar nos módulos da plataforma. Para ser considerado aprovado por frequência, o aluno deverá ter cursado, no mínimo, 75% dos módulos, de acordo com a Resolução do CNE/CES nº. 1, de 03 de abril de 2001.

 

Certificados

 

Todos os alunos inscritos no Curso receberão certificado de participação, a qual será gerada automaticamente pelo CAMPUS VIRTUAL DA FIOCRUZ – CVF. O documento será enviado para o e-mail cadastrado no ato da inscrição.

 

 

Veja também: Portal Maloca – ‘Academia dos Saberes Ancestrais’ difunde conhecimento dos povos indígenas

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil