calendar_today novembro 6, 2020 person Portal Maloca mode_comment 0

O youtuber Felipe Neto foi indiciado pelo crime de corrupção de menores previsto no artigo 244 do ECA.

O delegado Pablo da Costa Sartori disse que recebeu, há um mês, um ofício do Ministério Público do Rio pedindo uma investigação contra publicações impróprias para menores feitas pelo Youtuber. Felipe nega as acusações.

Pablo Sartori é titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio.

“Há mais ou menos um mês o MP aqui do Rio me mandou um expediente pedindo a investigação de possível crime por corrupção de menores. É mencionado entre outras coisas um monte de vídeos. Dentre esses vídeos tem um que é bem esclarecedor. De 2017, até posteriormente ele fez assinatura de livros, vídeos no YouTube outros materiais que eram direcionados para criança, com material inadequado para menores. Então, isso me pareceu, sim, estar configurado artigo 244 do Eca”.

“Por meio de sua assessoria, Felipe Neto reitera que o inquérito está apurando as mesmas falsas acusações e desinformações que há meses vêm sendo cometidas e articuladas por membros da extrema-direita, fortemente incomodados com as críticas ao governo Bolsonaro. Felipe Neto informa que prestou todos os esclarecimentos necessários, porém o delegado de polícia, sem tomar nenhum depoimento ou realizar qualquer investigação, decidiu indiciá-lo”.

 

Ainda de acordo com a nota do youtuber, ele está confiante na atuação do Poder Judiciário:

 

“O Youtuber permanece absolutamente convicto e tranquilo de que nunca praticou crime algum e reitera que todo o ocorrido ainda será analisado por um promotor de Justiça. Felipe Neto acrescenta que, quando começou a se manifestar vigorosamente contra os absurdos do governo Bolsonaro, já estava preparado para enfrentar todos os tipos de ataque cometidos pela articulação do ódio, desde a propagação de notícias às falsas acusações, associando Felipe a crimes, na tentativa de destruir sua imagem e reputação”.

 

Denúncia anônima

 

Segundo informações apuradas pelo EXTRA, a denúncia partiu de uma pessoa anônima em Brasília.

O MPF do Distrito Federal mandou para o do Rio, até cair na mão do delegado, que se baseou no dossiê do candidato a vereador Nikolas Ferreira.

Nikolas decidiu “assumir” a autoria da denúncia e publicou em suas redes sociais.

Mas não foi o autor da ação. Apenas de um dossiê.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que: “O youtuber e influenciador foi indiciado por divulgar material impróprio para crianças e adolescentes em seu canal do Youtube e por não limitar a classificação etária dos vídeos com conteúdo e linguajar inapropriado para menores. As investigações iniciaram após expediente oriundo do Ministério da Justiça. Durante as investigações foi constado e analisado diversos vídeos e postagens, bem como publicações, onde o indiciado claramente não tem a preocupação em classificar seu material de divulgação”.

 

Veja mais: Extra

 

Foto: Twitter