Conheça grupo artístico de mulheres indígenas ‘Kunhã Mukum Poranga’
Talento e representatividade é o que não falta para o grupo artístico de mulheres indígenas Kunhã Mukum Poranga.
Elas sãs mães, anciãs e filhas, das etnias Tukano, mura, Sateré, baré, mundo urucum, Curipaco e Baniwa que sobrevivem da apresentação de danças e artesanatos.
As músicas que embalam as apresentações são do alto Rio Negro, além de toadas de boi-bumbá.
Segundo indígena e influenciadora Ira Maragua, que faz parte do grupo, a dança é uma forma de mostrar a força da mulher.
“Mostramos que sabemos lutar e somos originais. Usamos também música do caprichoso e garantido. Mostramos rituais da menina moça, iniciação de uma nova era e benzimentos. A arte pode ser representada através de várias formas, na dança, na música, na escultura, na pintura, no grafismo e a dança é uma forma de mostrar quem somos, nos expressando com o nosso corpo, alegrias, tristezas, angústias ou até mesmo um misto desses sentimentos em um só, em outras palavras, é uma maneira de comunicação sem abrir a boca”, dissse.
A dança que o grupo Kunhã Mukū mostra em suas coreografias é a luta, a diversidade, um protesto, uma alegria, uma tristeza, uma comemoração, ou até mesmo um sofrimento. É ainda, segundo as indígenas, uma forma de se manterem conectadas com seus ancestrais, mas cabe a quem assiste, decidir o que sente e com o que está conectado ao acompanhar uma performance do grupo.
Este ano o grupo completa três anos de vida. Algumas meninas trabalham, estudam e produzem artesanatos para vendas. Além disso ajudam os pais nos deveres de casa, mas algumas, têm a dança como a principal e única forma de sustento.
Antes da pandemia, elas faziam apresentações com mais frequência, mas agora, se sentem prejudicadas. A dança, o ritual e as pinturas mostram a resistência da cultura indígena.
Se você deseja conhecer um pouco mais, ou agendar uma apresentação com o Kunhã Mukū, entre em contato pelo instagram.
Fotos: Divulgação