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A Comissão de Políticas para Pessoas Surdas foi criada na UEA, na terça-feira (1). Visando deliberar, constituir e implementar ideais de acessibilidade para os surdos no ensino superior, a Universidade instituiu a Comissão de Políticas para Pessoas Surdas (COPPS). O objetivo é demarcar e estabelecer políticas institucionais de acesso, permanência e linguísticas para alunos, professores, bem como a comunidade surda em geral, nas ações da Instituição.

Reconhecida como um sistema linguístico de natureza visual-motora e estrutura gramatical própria, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é oficializada na Lei N°10.436/2002. Trazendo visibilidade e reconhecimento para essa língua. A partir da sanção da Lei, foram criadas diversas outras e decretos de amparo fundamental. Como o Decreto Nº 5.626 que traz diretrizes de acesso à educação, saúde e o papel do Poder Público.

A Comissão

A Comissão vem com a proposta de discutir todas as políticas dessa comunidade desde o ingresso na universidade. Se estendendo até a permanência, tradução, interpretação e elaboração de materiais acadêmicos e informativos, assim como apoio aos docentes e discentes.

“A Comissão tem muitos objetivos a atender e a proposta é de organizar essas políticas linguísticas e alinhar o trabalho com o que já é desempenhado na Universidade. Como oferecer acessibilidade não somente dentro da sala de aula, mas em outro ambientes. Além de discutir estratégias diferenciadas de avaliação para surdos, sobre o papel da Libras dentro da Universidade, formação de professores, intérpretes”, completou o professor da UEA e presidente da Comissão, Marcos Roberto dos Santos.

Ele lembra ainda que não há muitas instituições que dão atenção a esse tipo de trabalho com a comunidade surda. “De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% da população brasileira é composta por surdos. Espero que a UEA se torne referência para outras universidades e instituições. É muito importante para professores, alunos e servidores, pois a acessibilidade do surdo é linguística, eles têm outra língua e uma outra cultura, devemos sim trabalhar políticas de diversidade e igualdade”, disse Santos.

Reitoria

Para a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Kelly Christiane Silva de Souza. A Comissão representa um grande avanço para as políticas inclusivas já existentes na UEA. Que serão melhores planejadas e executadas por professores com formação na área.

“A partir do momento em que a comissão começa a funcionar. Nós vamos pensar em novos formatos e melhores ações, desde o ingresso do aluno até a colação de grau, garantindo, acima de tudo, o aprendizado e a excelência dentro da Universidade”, finalizou Kelly.

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