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O Grupo de Dança Regional Império da Compensa deu início ao 66º Festival Folclórico do Amazonas, sendo a primeira ciranda a se apresentar na categoria Ouro.

O evento, realizado pelo Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, acontece no Centro Cultural Povos da Amazônia (CCPA) e é uma celebração das tradições folclóricas do estado.

O grupo, fundado em meados dos anos 2000, trouxe para a arena toda a paixão e a energia dos cirandeiros, representando a forte tradição das cirandas, uma das danças mais esperadas do festival.

Além da Império da Compensa, outras nove cirandas competem pelo título de campeã, incluindo Rosas de Ouro, Do Binha, Imperatriz, Da Visconde, Força Jovem, Independente do Coroado, Princesinha da Vila, Sensação da Raiz e Maravilha.

História e Evolução

A ciranda foi introduzida no Amazonas no final do século XIX, na cidade de Tefé, por Antônio Felício e Isidoro Gonçalves. Desde então, a dança se popularizou por todo o estado, com grupos presentes em diversas regiões e bairros da capital. Em Manacapuru, a ciranda evoluiu para o Festival de Cirandas de Manacapuru, também promovido pelo Governo do Amazonas. Este ano, o evento será realizado de 30 de agosto a 1º de setembro.

Tema e Destaques

A Império da Compensa defendeu as cores amarelo, dourado e preto, com o tema “Coari Coaya Cory”, homenageando a cidade de Coari. A apresentação incluiu os itens tradicionais das cirandas, como Bonito, Chefe, Subchefe, Cirandeiro, Porta Estandarte, Cupido, Mãe Benta, Constância, Seu Honorato, Carão e o Caçador. O repertório do grupo contou com músicas temáticas e a interpretação da canção “Nossa Senhora” por Victor Schaefer, o apresentador oficial.

Clemilson Gomes, fundador e presidente da Ciranda Império, destacou a importância da paixão e do folclore na realização do evento. “Faço ciranda por paixão e por ser folclorista. Este ano trouxemos pessoas de Coari para a apresentação. Em 2022, subimos da categoria bronze para prata e no ano passado conquistamos o ouro, foi uma crescente”, afirmou.

Impacto e Repercussão

A homenagem a Coari atraiu a atenção de moradores do município, como Elivandro Picon, que viajou a Manaus para assistir ao festival. “Conheci o Festival através da Ciranda Império. Vi um post deles no Instagram falando sobre Coari e decidi vir a Manaus para prestigiá-los”, contou. Ele expressou sua felicidade em ver a evolução do grupo, desde os ensaios nas ruas até a apresentação na grandiosa arena do CCPA.

Benvindo Leal, folclorista e empresário, também acompanhou o festival e ressaltou a importância da evolução das cirandas. “As cirandas vêm evoluindo de tal forma que, no meu entendimento, elas precisam ainda lembrar um pouco da base, a raiz, para que a gente possa sempre estar renovando e resgatando aquela cultura para fazer com que ela se perpetue”, opinou.

O 66º Festival Folclórico do Amazonas celebra a riqueza cultural do estado, destacando a importância das tradições e a evolução contínua das cirandas, que encantam o público e mantêm viva a herança cultural do Amazonas.

 

Foto: Carlo David Martins/divulgação