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O professor-doutor José Augusto de Melo Neto voltou ao comando do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) há pouco mais de um mês. Em plena pandemia o gestor otimizou a estrutura da autarquia e deu continuidade às atividades de formação profissional.

Mesmo com a crise mundial na saúde, José Augusto não deixou os cursos paralisados.

O Cetam se adequou aos novos tempos, incrementou o ensino à distância e manteve a tradição de formar mão de obra. Agora, o Centro finaliza o planejamento para o ano de 2021.

O diretor-presidente concedeu entrevista ao Portal Maloca e falou sobre as novidades que o governo do Amazonas planeja para a retomada da economia. Acompanhe.

Qual o planejamento do Cetam para o resto do ano e retomada para 2021?

O ano de 2020 teve esse impacto da pandemia e basicamente os editais dos cursos que o Cetam oferece foram interrompidos.

Tivemos uma queda da capacidade de atendimento da ordem de 30% nesse ano, porém a orientação do governador é pensar nos próximos dois anos, 2021 e 2022, com a retomada das vagas, principalmente ampliar os cursos nos municípios de acordo com a matriz econômica de cada um.

Também é diretriz dele a aproximação na capital com as empresas do Polo Industrial de Manaus, ou seja voltar o Cetam para oferecer os cursos, mas focar também na empregabilidade que vai ser preciso com a retomada das atividades da economia. Por isso é importa que as pessoas façam os cursos ou concluam e consigam emprega e renda.

Como o Cetam se adaptou na pandemia para continuar oferecendo os serviços?

O Cetam tem um setor específico de educação à distância, mas não estávamos preparados para atender durante a pandemia, ninguém estava.

A orientação é voltar a oferecer mais vagas em modalidades que utilizem a educação tecnológica, porém a gente quer buscar mais alternativas de atendimento.

Na educação profissional, além dos atendimentos, as pessoas precisam fazer os cursos se aperfeiçoar precisam trabalhar e ter acesso à renda. Vamos retomar o núcleo de incentivo a inovação e tecnologia voltado para educação profissional uma grande parcela das vagas oferecidas pelo Cetam nos próximos dois anos irá utilizar as soluções tecnológicas, mas considerando a realidade de cada município, cada localidade.

O Cetam vai ampliar a oferta de cursos ?

O governador deve inaugurar em Manaus, no início do ano de 2021, a primeira escola de educação profissional da Zona Norte. Até hoje nunca teve uma unidade do Cetam na Zona Norte, então vai inaugurar uma unidade no Galiléia.

No interior, também no início do ano, está prevista a primeira escola profissionalizante do Alto Solimões, em Benjamin Constant.

Então, a gente começa a melhorar as condições das unidades que o Cetam já tem. Uma das metas é criar e ampliar os laboratórios técnicos para que os alunos façam os cursos, mas também possam realizar a parte prática e do estágio tendo acesso aos laboratórios dos mais variados tipos.

Na Zona Leste há previsão de ter unidade própria do Cetam?

A Zona Leste é atendida por meio de cursos dentro do Centro Cultural Anibal Beça, mas apesar desse atendimento, que é um espaço compartilhado com outras secretarias, existe a intenção de se criar uma  nova unidade do Cetam na Zona Leste.

Há também a ideia de criar uma unidade no polo industrial de Manaus para atender aos trabalhadores e também às pessoas que não têm acesso ao emprego e vamos  expandir para outros municípios.

Então a ideia é que possa ter mais unidades próprias do Cetam, além das parcerias que já existem com as prefeituras, com a UEA (Universidade do Estado do Amazonas) e outros.

Qual o planejamento para a indústria 4.0 ?

Estamos atualizando o catálogo de cursos que será lançado pelo governo no início do ano e um dos eixos é a indústria 4.0.

A gente quer montar laboratórios de robótica e de mecatrônica com ênfase na indústria 4.0, quanto também oferecer cursos para essa nova demanda do mercado de trabalho.

O governador tem pensamento para o futuro. Essa visão vai ajudar na implantação dos cursos para a indústria 4.0?

Acredito que sim pois a diretriz do governador é atender as matrizes econômicas e a indústria 4.0 é uma das vocações do nosso planejamento estratégico. Mas outra vocação é a bioeconomia. Então muitos desses modelos econômicos para os municípios vão atender essa nova demanda de cursos sustentáveis e voltados para a produção da bioeconomia.

Nessa linha há uma aproximação das secretarias como Sepror, ADS?

Sim. Eu já pude reunir com as principais secretarias e o setor primário é uma das prioridades, muitos cursos já foram oferecidos em parceria com o Cetam. E a ideia é verificar quais são as novas demandas para o agronegócio.

Também é prioridade a Secretaria de Meio Ambiente para a gente oferecer nossos cursos e também gerar o acesso à renda através dessa nova orientação, além de fortalecer o que já existe como essa aproximação das empresas na cidade de Manaus.

O governo está investindo no segmento do turismo e lançou campanha para atrair turistas. O Cetam tem formação nesse segmento?

Sim. O último edital que o Cetam divulgou, inclusive que as inscrições encerraram mês passado, entre os cursos mais concorridos estava o de técnico em Turismo.

Então já existe uma demanda em turismo que faz parte da proposta do governo oferecer mais cursos nessa área.

Inclusive para preparar trabalhadores para hotéis, restaurantes, posadas, confeitarias, padarias para que posa ter esse setor da culinária e da gastronomia no foco da educação profissional.

Qual a perspectiva para o próximo ano?

O Cetam, assim como vários outros setores da sociedade, teve uma paralisação uma queda na oferta em razão da situação que o país vive, mas a perspectiva é da retomada da oferta dos cursos, da possibilidade ter acesso a emprego ao microcrédito. Tudo estava na programação do atendimento da população feita pelo governador Wilson Lima.

Então é possível se qualificar e ter acesso ao crédito ou conseguir novamente o emprego que perdeu durante a pandemia ou se qualificar a uma nova oportunidade.

Foto: Divulgação Cetam