O prédio do Rio Negro, no Centro de Manaus, será mantido como sede do time de futebol do mesmo nome e vai continuar funcionando como um centro esportivo, mesmo após ter sido leiloado.
A informação foi divulgada pelo comprador do imóvel, o presidente da Digitron da Amazônia, Sung Un Song, nesta terça-feira (23), durante entrevista coletiva realizada na Matias Machline, Zona Sul de Manaus.
A sede do prédio centenário foi vendida por R$ 3,6 milhões em um leilão online, na segunda (22). A venda do prédio foi anunciada na semana passada, pelo Tribunal Regional do Trabalho, que informou que o imóvel estava avaliado em R$ 9,7 milhões. Desde outubro do ano passado, o prédio, fundado na década de 40 para ser sede do Atlético Rio Negro, vem sendo alvo do TRT11, por conta de dívidas trabalhistas.
Sem entrar em detalhes de como vai funcionar a estrutura, o novo proprietário do prédio disse, na entrevista coletiva que o objetivo é fazer um resgate histórico da cultura esportiva, voltado para o lado social.
“Ainda não é possível detalhar, mas sabemos que a sede já tem outras atividades além do futebol, como atividades de natação, handbol, basquete. A gente pretende manter esse trabalho e fazer várias ações nesse sentido, incluindo uma escolinha de futebol”, comentou Song.
Ainda segundo Song, não foi definida uma data para que essas atividades comecem, mas a previsão é que seja realizada uma auditoria, para esclarecer sobre as dívidas e fazer todo o planejamento.
Na ocasião, o presidente chegou a vestir a camisa do time, simbolizando a parceria recém-iniciada com o clube de futebol.
O presidente do time Rio Negro, Jefferson Oliveira contou que com a aquisição do prédio por parte da Digitron, uma fase de resgate e crescimento do futebol amazonense foi iniciada.
“Por várias vezes chegamos a ir a leilão, mas não perdemos a esperança de lutar pelo nosso clube e pelo esporte, de modo geral. O Rio Negro é um grande celeiro de histórias”, disse.
Prédio histórico
O Atlético Rio Negro Clube fica localizado em frente a Praça da Saudade, na Avenida Epaminondas, Centro. O imóvel possui salão de dança, sala de reuniões, de jogos, bares, restaurante, banheiros, um parque aquático com duas piscinas, ginásio coberto com academia.
Fundado na década de 40 para ser sede do Atlético Rio Negro, desde outubro do ano passado, o prédio se tornou alvo de do TRT11 por conta de dívidas trabalhistas. O próprio presidente do time chegou a divulgar, meses atrás, uma carta aberta nas redes sociais, reconhecendo dívidas trabalhistas, afirmando que não pouparia esforços para tirar o time da situação.
Foto: Adeilson Albuquerque (prédio Rio negro)
Foto: Foto: Rebeca Beatriz (Novo proprietário do prédio Atlético Rio Negro Clube)
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