A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quarta-feira (02) que a premiação para atletas das seleções masculina e feminina serão iguais.
A decisão é um dos primeiros casos de equiparação salarial no futebol mundial.
“A CBF fez uma igualdade de valores em relação a prêmios e diárias entre futebol masculino e feminino, ou seja, as jogadoras ganham igual aos homens”, disse o presidente da entidade, Rogério Caboclo, em entrevista coletiva virtual.
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“Não haverá mais diferença de gênero em relação à remuneração entre homens e mulheres”, acrescentou.
Graças a essas medidas, as jogadoras convocadas para a seleção feminina receberão em cada convocação os mesmos valores de premiação que Neymar e os demais astros da seleção masculina, inclusive para as premiações de jogo.
Australianas foram as pioneiras
A Australian Football Association foi a primeira a promover a igualdade de remuneração entre homens e mulheres em novembro de 2019.
Em maio, as campeãs mundiais americanas foram derrotadas na esfera judicial, depois que um magistrado rejeitou seu pedido de igualdade salarial.
A CBF garantiu que a decisão foi comunicada desde março à técnica da seleção brasileira feminina, a sueca Pia Sundhage e às jogadoras.
A determinação será aplicada, em princípio, nas participações do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, onde a seleção vai participar com as equipes masculina e feminina, e nas Copas do Mundo.
Pentacampeão no masculino, o Brasil é também uma das potências mundiais no feminino, com um vice-campeonato na Copa do Mundo da China em 2007 e duas medalhas de prata nas Olimpíadas de Atenas-2004 e Pequim-2008.
A CBF também anunciou nesta quarta duas ex-jogadoras como novas coordenadoras de futebol feminino da entidade.
Duda Luizelli vai comandar a Coordenação da Seleção Brasileira Feminina, enquanto Aline Pellegrino assume a Coordenação de Competições Femininas.
Foto: Twitter CBF