Cauã Reymond relembra infância e diz que vendeu paçoca para ajudar família
O autor Cauã Reymond relembrou sua trajetória da infância ao universo do audiovisual em entrevista recente para a GQ.
Cauã, que recentemente ganhou prêmio por sua atuação no filme “Piedade”, relembrou os desafios que enfrentou durante a sua vida. De acordo com o seu relato, Cauã Reymond teve uma infância bastante conturbada.
O ator dividia a casa próxima à favela da Rocinha com mais três mulheres: a avó, a tia, que enfrentava uma grave condição de esquizofrenia, e a mãe.
“O clima podia ser bem pesado em casa, até violento, com muitos gritos. Minha tia esquizofrênica perdia o controle e às vezes olhava pra mim e dizia ‘vou cortar seu pinto’. Eu era criança e isso me desesperava”, contou o ator, que vendia paçoca para ajudar no orçamento familiar.
Aos 14 anos, o jovem foi morar com o pai, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Por lá viveu durante três anos e finalmente saiu de casa aos 17, para seguir a vida de modelo.
A empreitada deu a ele a oportunidade de viajar pelo mundo, passando por cidades como Milão e Paris. Além disso, chegou a viver em Nova York, onde trabalhava com limpeza.
Carreira
Atualmente, Cauã Reymond coleciona uma série de participações em filmes e novelas nacionais. O seu mais recente trabalho, “Piedade”, lhe rendeu o prêmio de melhor ator coadjuvante pelo júri do Festival de Brasília.
“Piedade foi um projeto que me desconstruiu completamente. Claudio Assis é punk, tinha certeza de que ele ia me desafiar, puxar meus limites, e foi o que aconteceu. Aceitei fazer o filme sem mesmo ter lido o roteiro”, contou o ator.
O longa conta a história de uma cidade fictícia chamada Piedade cuja rotina dos moradores é alterada após a chegada de uma grande empresa petrolífera. O filme também conta com Fernanda Montenegro e Matheus Nachtergaele.
Fonte: Uol