calendar_today novembro 21, 2020 person Portal Maloca mode_comment 0

Após a morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, asfixiado na noite desta quinta-feira (19), por dois seguranças em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, conforme indicou o primeiro resultado da necropsia realizada pela perícia da cidade, Alexandre Bompard, presidente global da varejista, se pronunciou nas redes sociais.

“Em primeiro lugar, gostaria de expressar meus profundos sentimentos, após a morte do senhor João Alberto Silveira Freitas. As imagens postadas nas redes sociais são insuportáveis (…) Medidas internas foram imediatamente tomadas pelo Grupo Carrefour Brasil, principalmente em relação à empresa de segurança contratada. Essas medidas são insuficientes. Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência. Espero que o Grupo Carrefour Brasil se comprometa, além das políticas já implantadas pela empresa.”, disse o executivo no Twitter no início da noite desta sexta-feira (20), após uma enorme reação nas redes sociais no Dia da Consciência Negra.

 

Protestos

 

Dezenas de grupos de movimentos sociais organizaram protestos na unidade de Porto Alegre, onde aconteceu a morte de João Freitas.

Semelhantemente o movimento aconteceu em outras cidades como São Paulo.

Assim também a unidade da Rua Pamplona foi depredada e queimada.

Imagens nas redes sociais comprovam a ação dos manifestantes.

No Rio Janeiro dezenas de manifestantes também ocuparam lojas.

Por conseguinte em Belo Horizonte não foi diferente.

Em São Paulo, por exemplo, uma marcha que já aconteceria por conta do Dia da Consciência Negra caminhou no sentido da unidade depredada por volta das 18h30.

Em resumo, no Rio de Janeiro, segundo apurações locais, as manifestações foram pacíficas ao exigir o fechamento da operação.

 

O crime

 

João Alberto Silveira Freitas, 40 anos e negro, foi espancado e morto por dois homens brancos.

O crime aconteceu em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Informações iniciais apontaram que os agressores foram um segurança e um PM temporário.

De acordo com o delegado Leandro Bodoia, plantonista da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, teria havido um desentendimento entre a vítima e funcionários.

Dessa foram testemunhas disseram que João Alberto fez “gestos agressivos” durante compras no caixa.

Nesse interim os seguranças foram chamados por uma funcionária e o conduziram para fora da loja.

A esposa da vítima seguiu dentro do estabelecimento finalizando a compra.

As imagens das câmeras de segurança mostram um homem desferindo um soco no segurança.

Em seguida teriam começado as agressões, filmadas e divulgadas nas redes sociais.

A esposa de João Alberto saiu do supermercado e foi ao estacionamento.

Ela viu a cena.

No entanto, a impediram de se aproximar, de acordo com testemunhas.

Ainda de acordo com informações de testemunhas, uma ambulância do Samu foi ao local e tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu às agressões e os suspeitos foram presos em flagrante.

 

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Foto: Leo Orestes/Reprodução/Via Exame