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Algumas canções têm o poder de emocionar a ponto do ouvinte derramar lágrimas sinceras, algumas discretas, outras copiosas.

Eu tenho meu top five de músicas que não posso ouvir em público pra não passar vexame. 

 

Veja também: Sonzeira da Boa: Lançamentos na cena rock de Manaus

 

Vou abrir meu coração e compartilhar as minhas “canções cebolas”, que mexem profundamente com minhas emoções e ativam, sem piedade, as glândulas lacrimais.

Nota: as músicas não estão classificadas por posição e foram selecionadas pela melodia, letra ou a combinação de ambas.

 

In My Life (Beatles) – uma das letras mais sensíveis e belas escritas por John Lennon, além de ser atemporal. Lançada no álbum Rubber Soul (1965), a canção emociona qualquer pessoa que tenha boas lembranças de amigos que partiram e lugares em que passaram bons momentos. 

 

Pra Ser Só Minha Mulher (Roberto Carlos) – canção lançada em 1977 pelo Rei, composta pelo príncipe Ronnie Von. O arranjo é genial, com um trabalho maravilhoso de teclados e uma mudança de andamento de arrepiar. E também porque me traz lindas lembranças de minha infância, quando eu passava horas ouvindo rádio.

 

God Only Knows (Beach Boys) – certa vez, Paul McCartney comentou que essa é a mais bela canção pop de todos os tempos. E tenho que concordar. Trata-se do ápice do mestre Brian Wilson, lançada na obra prima chamada Pet Sounds, de 1966, e que influenciou muito os Beatles na concepção do álbum Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. 

 

Panorama Ecológico (Erasmo Carlos) – muito antes de existir a preocupação mundial com a ecologia, a dupla Roberto e Erasmo lançavam canções com alertas ao estrago que o ser humano fazia (faz) no planeta. Panorama Ecológico é matadora em sua crítica à destruição da natureza e causa uma profunda tristeza quando ouvida com atenção . Foi lançada pelo Tremendão em 1978 e (infelizmente) ainda é atual. 

 

She´s Leaving Home (Beatles) – absolutamente arrepiante. Conta a história da garota que foge de casa e os desespero dos pais. O arranjo é de tirar lágrimas por si só, com um trabalho magnífico de cordas, orquestrado por George Martin e lançado na obra prima Sgt. Peppers, em 1967.

 

Existem outras, mas vou parar nessas antes que eu chore nas teclas do laptop.

O leitor deve pensar o motivo de eu estar comentando isso.

Vou explicar.

Há alguns dias, surgiu uma nova canção para entrar nessa lista.

 

Trata-se de  um lindo lançamento da cantora, compositora e multi-instrumentista mineira Joyce Albuquerque, que assina artisticamente como JOY com influências musicais que vão do samba de raiz ao pop contemporâneo. 

A moça lançou o comovente clipe da música “Corredor” que também saiu em single.

Quem ouve de primeira, pode pensar que se trata de uma canção falando de um amor platônico, da garota que viu o garoto e ficou meio tímida pra chegar com ele e falar dos seus sentimentos, como zilhões de outras canções que podem ser desde um sertanejo universitário até um emocore. 

Mas ao assistir o vídeo – dirigido por Joy em pareceria com Matheus Albuquerque –  você percebe que o tema tem relação  com o amor a um cachorro abandonado pelos donos.

A ideia de JOY – que escreveu a canção baseada em uma experiência real – é promover a adoção consciente de animais, mostrando também a tristeza do abandono.

Trata-se de uma delicada forma de mostrar o ato monstruoso, desumano e criminoso de abandonar um animal à sua própria sorte, e também incentivar a adoção ou mesmo o resgate de um ser-humaninho peludo que, certamente, vai retribuir com muito, muito, muito amor.

A primeira vez que vi o vídeo, aliado à linda melodia e vocais de Joy, me veio na cabeça os milhares de animais abandonados, mas também a certeza que ainda existem boas pessoas no mundo, que cuidam dessas vidas preciosas.

Assista ao vídeo e se você tem um pouco de sensibilidade na alma, vai concordar comigo.

 

E lembre-se! 

NÃO COMPRE VIDAS. 

ADOTAR OU RESGATAR É UM ATO DE AMOR.

 


 

Coluna Sonzeira da Boa

O corredor de Joy.

Quem escreve? Marco Antonio Ribeiro

Radialista, pesquisador, escritor e colecionador.

Beatlemaniaco e headbanger que também ama blues, jazz e soul.

Autor do livro As lições que aprendemos com os Beatles

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