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Os alunos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) transformam suas casas em espaços cênicos, para realizar espetáculos que serão exibidos on-line.

A iniciativa do curso de Teatro da UEA é por conta da pandemia do corononavírus.

Os espetáculos serão exibidos no dia 08 de novembro e conta com sete professores, três convidados e mais 23 alunos.

O evento de pré-estréia que acontece simultaneamente, terá como destaque a peça “Roque Severino – Todo dia morre gente que nem vivia”.

O espetáculo é uma adaptação do texto “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto e do “Berço do herói” de Dias Gomes.

A peça será transmitida às 19h30, pelo portal Artes Cênicas MEVER, parceiro do projeto.

Os espectadores poderão participar do chat.

De acordo com a coordenação, o espetáculo conta a história de Santo Roque, herói do exército nacional, morto em combate pela pátria. O mito é ressaltado anualmente quando suas cinzas peregrinam pelas cidades da Amazônia, guardadas em um relicário.

Neste ano de pandemia, o seringueiro Severino recebe a missão de realizar a travessia e levar as cinzas do santo herói da cidade de Autazes para a cidade de Tefé: O berço do Herói. O inesperado acontece: Santo Roque ressuscita. E agora?! Seria o homem por trás do mito uma falsa verdade?

 

Organização

 

O espetáculo tem direção artística de Guilherme Carvalho, fundador do portal MEVER. A direção musical recebe a assinatura de Diogo Cerrado, músico, arte educador, diretor musical e compositor.

O projeto tem coordenação geral da professora Amanda Ayres, direção de palco e preparação vocal do professor Luiz Augusto Martins, produção executiva da professora Gislaine Pozzetti, coordenação de escrita criativa professora Fátima Souza, direção de artes de máscaras e de bonecos da professora Vanessa Bordini e orientação da pesquisa em estudos Amazonicos a professora Francenilza Viana.

 

O projeto

 

Após uma avaliação sobre a disposição dos alunos, realizada na segunda semana de aula não presencial, docentes decidiram inovar as atividades e criaram um projeto para que os alunos pudessem interagir e desenvolver trabalhos teóricos e práticos em conjunto por meio da internet.

Com a coordenação da professora Amanda Ayres e direção do artista Guilherme Carvalho, que são pioneiros na dimensão da pesquisa do campo do Teatro mediado pelas tecnologias contemporâneas, o projeto conseguiu desenvolver e explorar as possibilidades de uma montagem cênica no meio digital através de suas casas. A proposta surge como uma ação interdisciplinar artístico-pedagógica que articula as dimensões do Ensino, da Pesquisa e da Extensão.

A professora explica que no início o trabalho ficou voltado para o equilíbrio entre os cenários e a dinâmica dos alunos. “A nossa produção tem 19 atores em cena, em suas casas. Em alguns momentos, são dez pessoas contracenando ao mesmo tempo. É um projeto grandioso que envolve mais de 30 pessoas”, destacou.

Sobre os próximos passos, a coordenadora geral geral do trabalho revela que a perspectiva é de expandir o projeto para realizar acordos de cooperação técnica com instituições de Ensino Superior e, também, empresas que queiram ser parcerias da ação.

 

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Foto: divulgação