Alunos da Amazônia focados na Olimpíada de Informática
A pouco mais de um mês para a abertura oficial dos Jogos de Tóquio 2020, uma outra Olimpíada promete agitar o Amazonas, a região Norte e todo o Brasil: a OBI, Olimpíada Brasileira de Informática.
Com inscrições gratuitas, a competição pretende fomentar a formação de profissionais de uma das áreas que mais cresce no mercado de trabalho, no campo da Tecnologia da Informação (TI), o chamado profissional do século XXI.
As inscrições estão abertas para alunos do Ensino Fundamental, Médio e Superior e podem ser feitas por professores de escolas públicas e particulares, ou por alunos diretamente, tendo oficinas de treinamento e premiação especial para a região Norte, com informações através do site www.olimpiada.icomp.ufam.edu.br.
Popularização da OBI no Amazonas e Região Norte
Este ano está sendo feito uma ação conjunta entre universidade, escolas, segmentos do mercado de TI e indústrias do Polo Digital de Manaus.
O objetivo dessa força-tarefa é reforçar cada vez mais a formação de profissionais de informática. Para isso, é necessário tornar popular a competição, que em sua primeira etapa é regional, depois nacional e finalmente internacional.
“O objetivo é popularizar as Olimpíadas aqui no Amazonas e na região Norte. Esse primeiro momento é estimular a participação. As inscrições são gratuitas. É uma competição nacional e internacional. No âmbito nacional é mantida pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), e internacional é mantida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)”, explica Rosiane de Freitas, professora Ph.D do Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e diretora de competições de programação da OBI na região Norte.
Inscrições
Para ser um dos “atletas” da Olimpíada Brasileira de Informática é muito simples. Alunos a partir do quarto ano do Ensino Fundamental até o primeiro ano do Ensino Superior podem participar, assim como as escolas. São duas modalidades: Iniciação.e Programação.
Programação
As inscrições se encerram no próximo dia 11 de junho para escolas, e no dia 12 de junho para alunos.
A competição nessa modalidade está marcada para ocorrer entre os dias 14 e 16 de junho. Com duração de duas horas, o aluno pode escolher tanto o horário da prova como se fará o teste de forma on-line ou na escola.
Iniciação
As inscrições nessa modalidade seguem até o dia 18 para escolas) e 19 para alunos. A competição na modalidade Iniciação está marcada para acontecer entre os dias 21 e 23 de junho, também com duração de duas horas e o aluno poderá escolher se fará a prova de forma on-line ou na escola.
Para os interessados em participar da OBI, a organização do evento montou oficinas de preparação para familiarizar os alunos à competição.
A programação completa das oficinas os competidores encontram no site www.olimpiada.icomp.ufam.edu.br .
É chegar e escolher o que o aluno/competidor quer treinar antes de entrar pra valer no game.
”Tudo é gratuito. É uma competição nacional e internacional. Haverá premiação especial para as escolas, professores e alunos de destaque no Amazonas e Norte (além da premiação nacional)”, revelou a professora Rosiane Freitas, comentando a grande procura por parte dos alunos, mesmo em tempos de pandemia.
“Em 2018 e 2019 tivemos quase dois mil alunos participando da OBI, na capital e interior. Ano passado, em pandemia, tivemos mais de 300 (também capital e interior), com os estudantes participando de suas casas, o que também será possível este ano. Basta um telefone celular e acesso à Internet, para a Iniciação.E conhecimentos básicos de programação, para começar na Modalidade de Programação, com um computador e conexão de Internet. Este ano queremos um número bem maior, sabendo que ainda estamos em tempos difíceis e com escolas em modo híbrido (ou totalmente virtual)”, ponderou.
XXIII edição da OBI
A OBI chega a sua vigésima terceira edição procurando desmistificar a Ciência da Computação. Muitos imaginam que para se embrenhar no mercado da tecnologia é preciso ser um “nerd” ou um gênio para escrever códigos. Nada disso, como comenta a professora Rosiane Freitas.
“É uma competição de informática, de computação, que é muito similar à de matemática, no sentido que trata o raciocínio lógico, mas o raciocínio estruturado, o dito pensamento computacional. Habilidade de resolver problemas e que acaba resultando também em uma habilidade técnica em áreas de TI. E isso tudo trabalha a habilidade do profissional do século 21. E, hoje, a academia e o mercado tecnológico desejam esses profissionais”, concluiu.
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