O atacante Rossini, de 35 anos, que tem contrato com o Manaus FC até o final de setembro, não vai mais disputar o Campeonato Brasileiro da Série C com a camisa do esmeraldino.
O atleta e o Gavião do Norte não chegaram a um acordo para fazer um aditivo no contrato para a sequência do campeonato nacional.
O vice-presidente do Manaus, Giovanni Silva explica a situação envolvendo o jogador.
“Alguns atletas do clube tinham um contrato até o final da Série C. Como houve a pandemia, o campeonato atrasou e, por conta disso, o clube agora precisa fazer esse aditivo no contrato desses atletas”, explica o dirigente.
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Neste aditivo, o atacante pediu aumento salarial e premiação individual em caso de acesso do clube para Série B e também para o caso de permanência do Gavião na Série C.
“O Rossini pediu aumento de salário em valores que estão fora da realidade do clube neste momento, o que nos deixou muito surpresos”, comentou o dirigente.
“Ficamos ainda mais surpresos com a questão de premiações individuais. O clube não trata com atletas sobre premiações individuais”, destacou.
“Sempre tratamos com todos e é assim que vai ser, coletivamente. Desta forma, não tem mais condições do jogador disputar o Brasileiro da Série C com a camisa do Manaus”, diz Giovanni.
Momento financeiro difícil
O dirigente ressaltou ainda o momento financeiro difícil por conta de todo o cenário causado pela pandemia.
“Neste momento precisamos entender a realidade financeira do clube. Tínhamos uma reserva de recursos por conta do que o clube conquistou no ano passado, mas tivemos que usar esses recursos para honrar os salários dos jogadores durante a pandemia”, expliou.
“E para piorar a situação, o Campeonato Brasileiro – isso em todas as divisões -, está acontecendo com portões fechados. Então uma fonte de renda importante que o clube tinha, que era a bilheteria, bom, essa fonte a gente não tem mais”, ressaltou.
“Por tanto, a pedida do Rossini, neste momento, vai contra a nossa realidade financeira. Nós agradecemos por tudo que o atleta já fez pelo clube, mas nós não podemos fazer despesas ou acordos que o clube não terá condições de honrar lá na frente”, disse.
O dirigente ressaltou que a história do Manaus FC é de um clube que sempre honrou salários, que sempre cumpriu tudo aquilo que acordou com os atletas.
Fotos: Ismael Monteiro/MFC