calendar_today setembro 19, 2020 person Portal Maloca mode_comment 0

Em todos os jogos do esmeraldino até aqui, o camisa 93, Rodrigo Fumaça segue como titular absoluto dentro de campo.

E neste sábado (19) não será diferente. O Manaus FC fará a sua sétima partida pelo Campeonato Brasileiro da Série C, diante do Santa Cruz (PE), às 18h, na Arena da Amazônia.

Atacante extremo, este carioca da Ilha do Governador sabe que o confronto contra o líder do Grupo A será mais uma “guerra” em campo.

O Gavião do Norte está na sétima colocação na tabela de classificação com sete pontos conquistados até o momento.

“Todo confronto pela Série C é difícil. Ainda mais quando você pega uma equipe de tradição dentro de casa. A gente espera manter nossa regularidade, nossa invencibilidade dentro de casa. Temos que ir para cima deles, porque em casa a gente tem que mandar”, diz Fumaça, de 25 anos.

 

Peça fundamental

 

O atacante fala sobre alegria de ter marcado presença em todos os jogos do Gavião neste campeonato.

Aliás, foi dele, o primeiro gol do time na competição, diante do Vila Nova (GO).

Fumaça ainda deu assistência para que o atacante Paulinho Simionato marcasse o gol da vitória em cima do Paysandu, e ainda começou a jogada que terminou em pênalti diante do Ferroviário (CE).

Pênalti este, que acabou sendo convertido por Simionato, e resultou no empate em 1 a 1 fora de casa, em pleno Castelão.

“Fico muito feliz de estar participando de todos os jogos. Fico feliz de poder estar ajudando a minha equipe. É a primeira vez que estou jogando uma Série C. Nunca tinha atuado no torneio e estou achando muito competitivo. Todos os jogos que a gente vai jogar é uma guerra”, diz.

Para Fumaça, o Gavião ainda está buscando seu espaço no campeonato.

“Cada jogo é uma batalha. O nosso time está buscando subir degrau por degrau. Deixamos de ganhar alguns pontos, mas no geral estamos pontuando, que é o mais importante”, ressalta.

 

Um homem de equipe

 

Mais do que marcar gols, Rodrigo é aquele jogador de equipe.

Um atleta que tem na velocidade um de seus maiores trunfos e que também, sempre que pode, opta por servir de garçom para os colegas de time.

“Sempre fiz isso no decorrer da minha carreira. Sou conhecido pela velocidade. Faço isso para ajudar meu time sempre e espero que seja daí para melhor com a camisa do Manaus”.

 

Base

 

O jogador fez sua base em dois gigantes do futebol brasileiro.

Dos seis aos 14 anos vestiu a camisa do Flamengo. Foi lá, aliás, que ganhou o apelido “Fumaça”, dado por ninguém menos que o atacante Bebeto, campeão do mundo com a Seleção Brasileira na Copa dos Estados Unidos, em 1994.

Dos 14 aos 18 anos, Rodrigo defendeu as cores do Vasco da Gama e de lá saiu para atuar no time de juniores do Boavista, de Portugal, onde disputou o Campeonato Português da categoria.

“Eu não tive muito espaço lá, depois voltei para o Macaé”, explica.

A atuação no Macaé abriu portas para o extremo, que acabou chamando atenção do Sampaio Corrêa (MA).

Com a camisa do Tubarão, conquistou o que considera o título mais importante de sua carreira até aqui.

“A Copa do Nordeste de 2018. Este sem dúvida foi um dos títulos mais importantes da minha carreira”.

Depois de levantar a taça da “Lampions League” – como é carinhosamente chamada a Copa do Nordeste -, Fumaça partiu para a Bélgica onde atuou no KSV Roeselare.

De volta ao Brasil foi a vez de vestir a camisa do Gavião do Norte.

Além de campeão da Copa do Nordeste, Fumaça tem ainda o título da Copa Verde de 2017, conquistado com a Luverdense.

Em 2020, por pouco não foi campeão amazonense com o Gavião Real, não fosse a paralisação por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus.

 

Família

 

Apesar de boa parte da família do atacante morar no Rio de Janeiro, ele conta que tem primos e tios morando na capital amazonense.

“Antes da pandemia eles sempre me davam apoio nos jogos do Estadual e sempre que tenho uma folga vou para a casa deles”, conta.

Pai do pequeno Felipe Gabriel, de 5 anos, “Fumashow” fala ainda sobre o seu maior incentivador, o pai, seu Alcir, 60, que é sargento da Aeronáutica – hoje na reserva.

“No jogo contra o Vila Nova (GO) eu fui ver as mensagens e acho que ele surtou. Quando eu fui olhar o telefone tinha ligação dele antes, durante e depois do jogo”, revela o atleta com um sorriso no rosto.

Às vezes, sobra até as famosas cornetadas.

“Ele corneta mesmo! Puxa a minha orelha, manda eu ir para cima, para não dar mole para os adversários. Às vezes ele fica até sem falar comigo”, revela.

A relação de pai e filho conta ainda com um sonho de Fumaça e seu Alcir. “O sonho do meu pai é ainda me ver jogar por uma grande equipe. E o meu é ver ele lá na arquibancada torcendo por mim”, finaliza.

 

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