‘Tambores da Terra’ realiza oficina de percussão e história do boi-bumbá
O grupo de músicos ‘Tambores da Terra’ vai realizar, neste sábado (5), uma oficina de percussão e história do boi-bumbá. A oficina acontece em Parintins, na chácara do artista plástico Juarez Lima. Já a divulgação da performance está prevista para acontecer no dia 12 de junho.
Esta é a primeira vez que Parintins terá uma intervenção exclusivamente dedicada aos instrumentos de percussão. Com isso, o projeto Tambores da Terra vai disponibilizar nas redes sociais o resultado dos estudos e os vídeos da performance músico-visual.
Entenda
O tambor é um dos instrumentos musicais mais antigos na história da humanidade. Seu ritmo forte se perpetuou em diversas gerações e faz parte das mais diversas manifestações culturais espalhadas pelo mundo.
Pensando nisso, um grupo de músicos no município de Parintins, distante a 369 quilômetros de Manaus, resolveu se juntar e criaram o projeto Tambores da Terra, incentivado pela Lei Aldir Blanc, por meio da Prefeitura de Parintins, com apoio do Governo Federal e a Secretaria Especial de Cultura.
As atividades consistem na realização de uma oficina sobre percussão e destacar a influência dos mais diversos gêneros musicais na toada, fio condutor musical nas apresentações dos bois Caprichoso e Garantido, protagonistas do tradicional Festival Folclórico de Parintins.
A equipe do projeto é formada por Glaedson Azevedo (diretor-geral), Irian Butel (diretora artística), mestre Edson Azevedo (músico oficineiro) e o maestro Jhonatas Moreno (músico oficineiro).
Especializado em Percussão Afro e Afro-Religiosa, o músico Jhonatas Moreno destacou que o grupo vem realizando aulas teóricas e práticas para saberem mais sobre o ritmo do tambor.
“Não nos prendemos em apenas executar os ritmos. Nós, como grupo, estamos pesquisando a origem dos ritmos. Durante as aulas teóricas, temos a leitura rítmica, a leitura histórica, fundamentações do ritmo e a origem do ritmo. Quando falamos do congo, vamos falar como veio o ritmo congo. Etnograficamente falando, o ritmo congo veio da cidade de Nigéria”, explica.
Jhonatas Moreno cita como exemplo o surdo, um dos instrumentos musicais bastante utilizados pelos ritmistas de Caprichoso e Garantido. Ele cita que o toque do respectivo instrumento tem variações do congo. “O toque que sai do Leste do continente africano, hoje é executado no boi-bumbá”, disse.
Arte
O projeto Tambores da Terra também é contemplado com desenhos por meio da arte digital, sob a responsabilidade dos artistas Júnior Fuziel e Glaedson Azevedo.
Cada arte terá cinco solos de percussão, que ficará por conta dos oficineiros Jhonatas Moreno e Edson Azevedo, e o grupo de percussão formado pelos músicos Alesson Muniz, Márcio Cardoso, Nil Lima, Raimundo (Rei) Azevedo, Wanderley Souza e Franciney Silva.
Segundo Glaedson, o projeto vai finalizar com uma intervenção mostrando um resultado desse estudo realizado sobre o ritmo do tambor.
“O momento será uma intervenção músico-visual, onde vamos mostrar as pinturas digitais, onde estão interligadas com os solos de percussão. Tudo isso estará embasado conforme os ensinamentos adquiridos”, reitera.
Facebook: https://www.facebook.com/tamboresdaterrapin
FOTOS: Sávio Pimentel/Tambores da Terra