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Duas comunidades indígenas de Manaus ganharam novas unidades de ensino. A escola municipal indígena Kanata T-Ykua, localizada na comunidade Três Unidos, na margem esquerda do rio Negro, e a escola municipal indígena Arú Waimi, na comunidade Terra Preta.

Com nomes escolhidos por integrantes das comunidades, as unidades terão a capacidade para atender 120 estudantes cada.

Comunidades indígenas do rio Negro ganham escolas municipais

 

“A cultura e a tradição dos indígenas, que habitam e protegem nossa Amazônia há milênios, é diversa e expressiva. Por isso, devemos valorizar esses povos, afinal, ao fazermos isso, vamos estar valorizando a nós mesmos, reconhecendo que somos filhos de Ajuricaba, descendentes de defensores da floresta. E todo esse caminho passa pela educação, que contribui significativamente para mantermos viva a herança desses povos e também avivar a nossa própria história”, afirmou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

As obras das unidades foram iniciadas com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e concluídas com recursos próprios da Prefeitura de Manaus.

As escolas foram construídas com três blocos de salas, um bloco administrativo e outro de serviços, totalizando seis salas de aula, além da biblioteca, onde funciona ainda a sala de informática.

As unidades eram anteriormente espaços de estudo das línguas e culturas indígenas, mas a partir da lei municipal nº 1.893/2014, se transformaram em escolas municipais indígenas.

“Estamos muito felizes em entregarmos, nesta reta final de gestão do prefeito Arthur Neto, que tanto valoriza a educação e os povos da nossa terra, essas duas unidades voltadas à educação escolar dos indígenas, onde os alunos vão poder continuar aprendendo sobre as suas tradições e cultura. A nossa prioridade sempre foi garantir uma educação de qualidade e entendemos que uma estrutura melhor, assim como a colaboração das famílias, ajuda a melhorar o processo de ensino e aprendizagem das crianças”, avaliou a titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Kátia Schweickardt.

 

Escolha dos nomes

 

A escola Arú Waimi possui nome em nheengatu e é uma homenagem póstuma ao pastor Laurentino Ricardo Aleixo (arú) e sua esposa Orcina Bruno (waimi).

Em 2020, a unidade atendeu 24 estudantes da etnia baré. O aluno Jessé Serafim, 10, ficou encantado.

“É muito bom receber uma escola tão bonita quanto essa, vamos estudar bastante e receber uma educação de qualidade”, disse.

O diretor da unidade de ensino, Anderson Ribeiro, agradeceu ao prefeito Arthur Neto pela nova unidade. “Com a construção dessa escola, um legado será deixado na comunidade indígena Terra Preta. Todos nós agradecemos muito por esse incentivo à educação indígena”, destacou Anderson.

Já a escola Kanata T-Ykua possui o nome de origem kambeba que significa “luz do saber” e foi incorporada ao município de Manaus em 2013, após redefinição da divisão político-geográfica do Estado do Amazonas.

 

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Para Rainete da Silva, mãe da aluna Raina Silva Pontes, 10, é uma alegria saber que a filha estudará em uma escola com uma estrutura diferenciada.

“Para mim, como mãe, é um privilégio receber essa escola, que superou todas os nossos sonhos e expectativas”, avaliou. Em 2020, atendeu a 14 estudantes da etnia kambeba.

“É uma felicidade muito grande receber esse prédio. Há oito anos, nós lutamos por essa escola e agora conseguimos um espaço de qualidade para fazer uma educação com compromisso e responsabilidade. Só temos a agradecer ao prefeito, que sempre respeitou a nossa tradição indígena e o nosso processo escolar”, salientou o diretor da unidade Kanata, Raimundo Cruz.

 

Foto: divulgação/Semed